16.3.10

A pergunta

E tu levaste-me por aquele relvado fora, andamos metros, quilómetros talvez, a procura do banco ideal para nos sentar-mos, não entendi bem o motivo de tudo aquilo, era estranho e eu questionava-me, mas segui-te, segui-te e fui para onde me levas-te.
Olhaste-me nos olhos sem dizer quaisquer palavras, sem prenunciares o meu nome, olhaste-me como se alguma coisa de errado houvesse naquele momento.
Sentei-me mais perto de ti para te proteger de toda a tua angústia, viras-te a cara, tentei beijar-te mas serras-te os lábios, fiquei confusa, sem saber o que fazer.
Fizes-te uma expressão estranha, e com um tom que nunca te tinha ouvido falar, perguntaste-me se eu te amava? fiquei a calada a pensar na maneira como te dizer que sim, que te amava muito, como nunca tinha amado ninguém, que te amava de uma maneira sem explicação.
Então molhei os meus lábios, para sentires bem o meu sabor, e beijei-te com todo o sentimento possivel, foi um beijo longo romantico e cheio de sentimento, mas sem efeito, voltas-te a perguntar-me se eu te amava? então fiquei calada.
Ele voltou a cara e baixou-a, vi nos seus olhos uma grande desilusão, por instantes senti-me vazia, distante, cobarde, mas tu chamas-te e disses-te é claro que me amas só no brilho dos teus olhos isso notasse, e aquele beijo foi tão sentido.
Senti arrepios por instantes e aquele frio na barriga, mas sorri para ti e voltei a beijar-te.
E tu no meu ouvido susurras-te amo-te meu amor.
É claro que eu também te amo meu amor.

(mais um momento que vai gravado na minha memória. e tu sempre do meu lado.)

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