Até breve ou Até já

Encontrei-te na estação do metro, mas tu fingiste não me ver, não vou viver mais assim, não vou deitar mais uma lágrima por ti, não te vou fazer mais nenhum telefonema anónimo só para ouvir a tua voz, não vou fazer mais nada, vou simplesmente esquecer-te.

Vou esquecer os beijos, as festas, os abraços, todos os momentos passados contigo, vou esquece-los e guarda-los numa caixa bem fechada à chave para não me voltarem à imaginação, para não me fazerem mais vez nenhuma infeliz.

Sou eu, não mudei, mas não posso dizer o mesmo de ti, tornas-te ignorante em relação a mim, arrogante e mentiroso, mentias a todas as horas, e depois quando descobria chateavas-te como como se tu é que tivesses razão.

Acabou, acabou tudo, e não há mais volta, desta vez quem não quer sou eu, e a culpa é toda tua.

A estação do metro vai lá continuar e eu vou lá todos os dias como sempre fiz, só espero não te encontrar muitas vezes.

Fartei-me de tudo, e vou desistir, a vida agora vai seguir e ser como tem de ser, não vou baixar a cabeça vou ergue-la, cada vez mais, e com as minhas ideias fixas, ainda hei-de ser mais feliz que tu, tenho tanta gente e tu não tens ninguém.

Um dia vais perceber quantos corações destruíste sem dares por ti, e ai vais cair em ti, ai se calhar muita gente te vai perdoar, mas nada vai ser como foi, porque perdemos a confiança em ti, foste muito especial agora deixaste de ser.

Vou voltar a estação amanhã quando a minha mãe chegar do trabalho, e quando a ver com aquele sorriso brilhante vou sorrir para ela da mesma maneira e esquecer tudo.

Para ti um até breve.

Mas para os outros um até já.

(não se esqueçam a estação vai estar lá sempre... o amor é que nunca é o mesmo.)