Quarta - feira, dia 9 de Junho de 2010.
Querido primo chinês estou a escrever-te em português pois o mandarim não é o meu forte, portanto é melhor procurares um tradutor.
Hoje acordei e decidi ir dar uma volta ao nosso parque, as lágrimas vieram-me aos olhos, mas lágrimas de felicidade, pois vivi tudo o que vivemos juntos, os momentos, os carinhos, sinto tanta falta. Fazes-me falta.
Há anos que não escreves, que não fazes um telefonema e que não nós vens visitar, a família diz que te esqueces-te de nós, mas eu estou sempre a iludi-los, pois sei a verdade, mas digo-lhes que o trabalho por ai é demasiado, mas eles não são tontos, dizem que estou sempre a defender-te.
O teu irmão está deveras zangado contigo, saiu do teu quarto e tudo e mais modificou as coisas, tudo o que restava teu aqui em casa ele jogou fora. Agora nem o teu cheiro sinto, quero matar saudades e não consigo.
Amanhã tenho uma audição de piano, tu vinhas sempre ver-me adoravas ouvir-me tocar, mas desde à uns anos para cá que não vens.
O que se passa afinal? Se precisas de ajuda porque não pedes?
Bolas já me ia esquecendo o nosso novo elemento da família já nasceu, é parecido contigo, a tia deu-lhe o teu segundo nome (Pedro) em homenagem a ti, ela sabe que querias muito.
Ve se vens fazer uma visita ou nos escreves, as saudades são casa vez maiores, junto com carta vai uma encomenda com algumas fotos recentes e algumas lembranças.
Vou amar-te sempre meu primo, e nunca me irei esquecer de ti.
Beijos grandes da tua sempre amiga e prima.
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