Tratava-se de um dia de sol e aquela criança tinha acabado de acordar com o cantarolar dos pássaros e com o riso de outras crianças que brincavam lá fora.
Todos os dias acordava naquele sítio e ali permanecia, olhava pela janela e observava tudo o que se passava lá fora sem algum dia poder sair daquelas quatro paredes.
Fazia sempre as mesmas coisas depois de acordar, lavava-se, vestia-se, ia tomar o pequeno almoço com os pais, lavava os dentes e lá ficava ela à espera da professora Esmeralda.
Margarida, a tal menina, não sabia porque não podia ser como as outras crianças, não percebia porque não podia ir à escola, nem brincar no jardim, porque não podia sair de casa e porque tinha de fazer tudo direitinho.
Pobre Margarida, era um pau mandado, chamavam-lhe e lá ia ela fazer tudo direitinho como lhe mandavam.
Um dia depois das horas dadas da professora Esmeralda, a Margarida pede-lhe que fique mais um pouco para puderem falar, a professora Esmeralda aceita, sem saber o motivo nem o porquê, e a Margarida lá começou o seu discurso/interrogatório, porquê de não ser igual às outras criançasne não puder brincar no jardim? Porquê não puder ir à escola como as outras crianças?
Um grande problema, é que nem a professora Esmeralda sabia o porquê, ela simplesmente estáva a fazer o seu papel e o que lhe mandavam.
A Margarida sem aquela resposta lhe agradar lá fez outra, então o que é que eu faço? eu só quero ser normal, quero ter amigos e puder brincar com eles, não quero ficar para sempre prisioneira sem ter feito algu para isso.
A professora Esmeralda lá compreendeu e aconselhou-a a falar com os pais, a perguntar-lhes tudo o que ela queria saber e o porquê de tudo.
A Margarida acenou com a cabeça que sim e despediu-se da professora e lá foi brincar para o quarto, esperou esperou e esperou pelos pais até eles chegarem.
Quando chegaram a Margarida desceu as escadas e fez as mesmas perguntas que fez há professora Esmeralda. Os pais ficaram embasbacados e não sabiam como lhe dizer, e nunca pensaram que ela se importasse tanto. Mas a Margarida insistia e os pais lá tiveram de lhe explicar.
Os pais começaram a dizer que ela era uma menina diferente por causa da questão financeira, e que não se podia juntar aos outros meninos e andar na escola das outras crianças. Tinha de estar em casa a aprender e a ser como ela é.
Margarida começou a perceber o problema dos pais e decidiu mudar isso, disse-lhes tudo o que achava sobre isso, disse-lhes que isso era errado, era errado não puder ser como as outras crianças e não puder andar na mesma escola das outras crianças pela sua questão financeira.
Os pais começaram a perceber-lhe e acharam que deviam mudar isso, e ela sentiu-se feliz por ter mudado a opinião dos pais, e apartir desse dia começou a ser como as outras crianças.
(ps: não importa a cor, nem a riqueza da pessoa, o que importa sempre é aquilo que o coração pensa e sente. a cor só indica de que parte do mundo se vem, mas não quer dizer que se possa ser pior ou melhor. somos todos iguais, e todos temos qualidades e defeitos, mas acima de tudo somos ricos de coração. não sejam racistas ao ponto de não poderem conhecer a beldade que vai no coração de cada um.)

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